segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Música afro-brasileira

  • não-ocidental
  • de tradição oral
  • ligada a acontecimentos
  • forte presença de canto
  • associada a movimento Os sons musicais se repetem no tempo e têm:
    duração = tempo
    intensidade = mais forte ou mais fraco
    altura = mais grave ou mais agudo
    timbre = origem
    Músicas são seqüências de sons musicais e também apresentam propriedades, como:
    compasso = divisão em pequenas partes
    andamento = velocidade
    ritmo = seqüência de sons e pausas

dança afro-brasileira

A dança originou-se na África como parte essencial da vida nas aldeias. Ela acentua a unidade entre seus membros. Em sua maioria, todos os homens, mulheres e crianças participam da dança, batem palmas ou formam círculos em torno dos bailarinos. Todos os acontecimento da vida africana são comemorados com dança, nascimento, morte, plantio ou colheita; ela é aparte mais importante das festas realizadas para agradecer aos deuses,uma colheita farta.
As danças africanas variam muito de região para região, mas a maioria delas tem certas caracteristicas em comum. Os participamtes geralmente dançam em filas ou em círculos, raramente dançam sós ou em par. As danças chegam a apresentar algumas veses até seis ritmos ao mesmo tempo e seus dançarinos podem usar máscaras ou enfeitar-se.
exemplos:
baiano/ baião-de pares
bambelo ou coco-de zambê-de roda bate-baú-de roda
batuque-de-fileira
calango-de-pares
carimbó-de-roda
caxambu-roda
frevo-individual
jongo-de-roda
lundu-de-pares
macunlelê-de-fileira
mineiro-pau-de-pares
pagode de amarante de fileira
partido-alto-de-roda
samba-de-roda
tambor-de-crioula-de-roda.

capoeira afro-brasileira

É uma expressão cultural que mistura luta, dança, cultura popular, música. Desenvolvida por escravos africanos trazidos ao Brasil e seus descendentes, é caracterizada por movimentos ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos e elementos ginástico-acrobático. Uma característica que a distingue de outras lutas é o fato de ser acompanhada por música.
A palavra capoeira tem alguns significados, um dos quais refere-se às áreas de mata rasteira do interior do
Brasil. Foi sugerido que a capoeira obtivesse o nome a partir dos locais que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata.

a religião afro-brasileira

Principais religiões afro-brasileiras, o candomblé e a umbanda tem forte penetração no país, especialmente em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e na Bahia.


Candomblé - Religião afro-brasileira que cultua os orixás, deuses das nações africanas de língua ioruba dotados de sentimentos humanos como ciúme e vaidade. O candomblé chegou ao Brasil entre os séculos XVI e XIX com o tráfico de escravos negros da África Ocidental. Sofreu grande repressão dos colonizadores portugueses, que o consideravam feitiçaria. Para sobreviver às perseguições, os adeptos passaram a associar os orixás aos santos católicos, no sincretismo religioso. Por exemplo, Iemanjá é associada a Nossa Senhora da Conceição; Iansã, a Santa Bárbara, etc.
            As cerimônias ocorrem em templos chamados territórios. Sua preparação é fechada e envolve muitas vezes o sacrifício de pequenos animais. São celebrados em língua africana e marcadas por cantos e o ritmo dos atabaques (tambores), que variam segundo o orixá homenageado. No Brasil, a religião cultua apenas 16 dos mais de 300 orixás existentes na África Ocidental.
Umbanda - Religião brasileira nascida no Rio de Janeiro, nos anos 20, da mistura de crenças e rituais africanos e europeus. As raízes umbandistas encontram-se em duas religiões trazidas da África pelos escravos: a cabula, dos bantos, e o candomblé, na nação nagô. A umbanda considera o universo povoado de entidades espirituais, os guias, que entram em contato com os homens por intermédio de um iniciado (o médium), que os incorpora. Tais guias se apresentam por meio de figuras como o caboclo, o preto-velho e a pomba-gira. Os elementos africanos misturam-se ao catolicismo, criando a identificação de orixás com santos. Outra influência é o espiritismo kardecista, que acredita na possibilidade de contato entre vivos e mortos e na evolução espiritual após sucessivas vidas na Terra. Incorpora ainda ritos indígenas e práticas mágicas européias.

O artesanato afro-brasileiro

O ARTESANATO AFRO está no mercado desde 2004 e tem como objetivo criar, confeccionar, desenvolver e retratar nas bonecas em pano, porcelana, ferramentas de Orixás e artesanatos diversos, os mitos Africanos.

Ao longo do período de 7 anos, o ARTESANATO AFRO realizou estudos, adquiriu confiança, ganhou credibilidade e com seu profissionalismo e postura inigualável, vem desenvolvendo um trabalho sério, digno de qualidade e competência.

O ARTESANATO AFRO tem como proposta divulgar através do seu trabalho ímpar, minucioso, envolto em beleza, criatividade, riqueza de detalhes e fino acabamento, os Orixás do Candomblé, as figuras conhecidas e tão queridas da Umbanda como os Caboclos(as), Boiadeiros, Pretos(as)-Velhos(as), Seu Zé Pilintra, imagens de Santos Católicos, Ciganas, Espanholas, Indianas, Santa Sara Kali, as ilustres Baianas da nossa Bahia e do nosso carnaval, as passistas, os mestres-sala, as portas-bandeira, as mulatas, os sambistas e os boêmios (malandros) todos sempre presentes nas rodas de samba.

Desenvolve também ferramentas de Orixás, lembrançinhas diversas para saídas, festas, obrigações e artesanatos dos mais variados, todos ligados  com os Orixás e
nosso Carnaval.

domingo, 16 de outubro de 2011

a culinaria da cultura afro-brasileira

 Uma das contribuições mais importantes aos nossos hábitos alimentares, durante todo o período de colonização, foi aquela que veio da África, trazida pelos escravos. Se os comerciantes de escravos traziam os ingredientes (especiarias), os escravos traziam na memória os usos e os gostos de sua terra. Era aí que estava o segredo.

Os escravos não tinham uma alimentação farta. Comiam os restos que os seus senhores lhes destinavam. Os ingredientes nobres, o preparo requintado e as maneiras européias à mesa aconteciam na casa grande. Enquanto isso, a cozinha negra se desenvolvia na senzala, em tachos de ferro.
, que tem uma música onde dá a receita de uma "Feijoada Completa".

Azeite de dendê

Alguns escravos conseguiam criar algum animal ou cultivar uma pequena horta. Talvez por isso, o tempero e o uso de uma grande variedade de pimentas deu um sabor especial aos seus pratos. O azeite de dendê também foi um dos ingredientes mais importantes da culinária negra. O dendezeiro é uma palmeira de origem africana, e de sua polpa se extrai o azeite que dá a cor, o sabor e o aroma de tantas receitas deliciosas como o caruru, o vatapá e o acarajé.

O uso de pimentas, que já era antigo nas terras da América, se espalhou pelo Brasil no século 18. Uma outra tradição, a de vender comida nas ruas, em grandes tabuleiros, se estabeleceu na mesma época na cidade de Salvador, na Bahia. Esses tabuleiros traziam de tudo. Um cronista daquele tempo relatou ter visto, num mesmo tabuleiro, mais de vinte qualidades diferentes de comidas salgadas e doces. Entre essas iguarias estava, além do acarajé, do vatapá e do abará, angu, mingau, pamonha e canjica.

O acarajé se tornou tão importante que foi transformado em patrimônio nacional. É uma referência tão importante para nossa cultura, que é reconhecido e protegido pelo patrimônio histórico. Ele é especialmente típico da cidade de Salvador, na Bahia, que é considerada a capital da cozinha afro-brasileira.

O fator religioso

Um outro fator que ajudou a difundir a comida de origem negra foi a religião africana - o candomblé. O candomblé tem uma relação muito especial com a comida. Os devotos servem para os santos comida que pertencem à tradição africana. Como as comunidades negras se espalharam pelo Brasil, a culinária que veio da África se espalhou por todo o país.

Hoje em dia, os pratos e os temperos da cozinha negra fazem parte da nossa alimentação. São saboreados no dia-a-dia e também nas festas populares. Os caldos, extraídos dos alimentos assados, misturados com farinha de mandioca (o pirão) ou com farinha de milho (o angu), são uma herança dos africanos. Podemos lembrar que da África também vieram ingredientes tão importantes como o coco e o café.

Feijoada

Para terminar, não se pode deixar de mencionar um dos pratos favoritos do país: a feijoada, que também se originou nas senzalas. Enquanto as melhores carnes iam para a mesa dos senhores, os escravos ficavam com as sobras: pés e orelhas de porco, lingüiça, carne-seca etc., eram misturados com feijão preto ou mulatinho e cozidos num grande caldeirão.

Segundo registra o folclorista
Câmara Cascudo, as receitas são incontáveis e, com elas, variam tanto as carnes quanto as verduras usadas. A feijoada chegou a servir de inspiração para escritores como Pedro Nava, em um de seus livros de memórias, e para o compositor Chico Buarque de Holanda